Afinal, o que é açúcar residual?
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Muitas vezes, aqui, nós nos referimos ao açúcar residual de um vinho. Será que todo mundo sabe, bem, do que isso se trata?
Para entender esse termo, precisamos voltar, e relembrar o processo de vinificação.
Resumidamente falando, o vinho é o resultado de um processo de fermentação, que transforma o açúcar da uva em álcool, a chamada fermentação alcoólica.
O agente capaz de provocar a fermentação é chamado de fermento, ou de levedura. Uma levedura nada mais é do que um fungo.
Pois bem. Em contato com a levedura, o açúcar da uva vai se transformando em álcool. Por isso que, em teoria, quanto mais açúcar houver na uva, mais álcool haverá no vinho.
Continuando. O açúcar vai se transformando em álcool, ou seja, a fermentação vai ocorrendo, até determinado ponto em que o teor de álcool é mais alto do que as leveduras conseguem suportar, para viver. E aí elas morrem.
Só que o açúcar pode não ter sido totalmente convertido, ainda. E, esse açúcar que resta, depois que o processo de fermentação já foi interrompido, e que vai permanecer no vinho, é chamado de açúcar residual.
Segundo a legislação brasileira em vigor desde 2014, por exemplo, um vinho nacional fino e tranquilo (ou seja, nem licoroso nem espumante) é considerado seco quando houver menos de 4 gramas de açúcar residual por litro. Deve ser considerado semisseco, ou demi-sec, quando contiver entre 4 e 25 gramas de açúcar residual a cada litro. E é chamado de suave, ou de doce, se apresentar entre 25 e 80 gramas de açúcar por litro. Se quiser ler mais sobre isso, clique aqui.
Ah, se você achou que 80 gramas de açúcar residual por litro é o limite máximo que um vinho pode alcançar, espante-se: um húngaro Tokaji Eszencia pode chegar até os 850 gramas de açúcar residual por litro de vinho! Aliás, vale comentar que esse estilo de Tokaji é um dos vinhos mais raros e mais caros, de todo o mundo! Se quiser saber mais sobre os Tokaji, e conhecer outros estilos desse vinho húngaro tão famoso, clique aqui.
E, para encerrar, se quiser ler mais sobre leveduras, clique aqui.
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